domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pequenos arautos da morte




E são crianças
indesejadas
Mal nascidas,
quase abortadas
Embolando na
periferia

Crescem brincando
com armas
Metralhadoras,
pistolas
engatilhadas

Comendo e
cheirando farinha
Perigosas crias
da má-sorte
Acendendo bagulho e
apagando luzes

Pequenos arautos
da morte
Não existe
piedade,
na cartilha da Lei
do mais forte

Criados para
sorrir ao matar
Tirando vidas e
perdendo as vidas

Morrendo para enfeitar
o jardim das cruzes.

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