sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ode ao amigo poeta Cezar Sturba


Foi numa noite ancestral
que caminhamos a cinco palmos do chão


Foi numa noite interminável
que acendemos velas com as pontas dos dedos


Cezar já havia cavalgado cinco mil milhas
de dentro para fora de si


E as respostas sopravam no vento
enchendo nossos copos de entusiasmo


As cicatrizes das velhas correntes
que aprisionavam nossas percepções

ainda ardiam nos nossos pulsos
marcados pelas amarras da ordem capital


Ele gritou e blasfemou e abençoou
e tão grande berro sóbrio ecoou etilicamente


Meu amigo de profundidade oceânica,
que a chama da inquietude criativa

em nome da devota experimentação,
permaneça acesa em teus miolos inquietos.

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