sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ela ergue os braços e dança






Ela ergue os braços e dança
sensual,visceral, carnalmente
alheia ao abismo cavado por seus passos
sem querer enxergar a silhueta da realidade
expondo intimidade num esgoto a céu aberto
espalhando lama em quem tiver por perto

Ela ergue os braços e dança
sensual,visceral, carnalmente
equilibrada na corda-bamba da grana fácil
perdida,alienada no labirinto das ilusões
fantasiando romances baseados em tolas canções
que fazem a trilha sonora do seu mundo de plástico

Ela ergue os braços e dança
sensual,visceral, carnalmente
rindo de satisfação no meio da fumaça
fazendo pouco diante da própria desgraça
se divertindo nas páginas de sonhos decadentes
descalça dando passos sobre brasas incandescentes

Ela ergue os braços e dança
sensual,visceral, carnalmente
murmurando provocações para um homem qualquer
realmente disposta a fazer qualquer coisa que ele quiser
a entregar seu corpo as garras das paixões efêmeras
e viver aventuras que acabam em camas grandes ou pequenas
na rotina dos esquemas, vícios e emoções de uma zona boêmia.

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