sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Caldo de cana




Pelo cheiro do bagaço da cana,
com estalos de ximbras,
rolando em poeira de brigas,
e tempero na manga,
na velha colônia da Holanda,
aprendi a paquerar as meninas
e nadar nas águas findas,
nos dias de luto e carnavais,
sobre os ossos dos meus ancestrais.

Decrépita Usina Santa Terezinha,
eram apenas férias,
mas as tuas ruínas
parecem conter as primeiras
e últimas lembranças
dos bons tempos da minha infância.

2 comentários:

  1. Adorei!!! Neste poema, você conseguiu descrever a infância/juventude de todos que por lá passaram.
    Parabéns!! Poly

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